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12/12/2013
[Artigo] As mudanças ocorridas pelo mundo e pelo Brasil afora com a ajuda da Internet
Por Amaro Ventura R. Filho, diretor para assuntos internacionais do Sintsef/RN
 
Hoje, num clicar de mouse, e guiando um cursor, estamos lendo, ouvindo e vendo as mudanças espalhadas pelo nosso imenso planeta Terra. Para entender o que ocorre pelo mundo, precisamos ler revistas especializadas, jornais semanais de senso comum, livros voltados para o tema e ainda participar de palestras com especialistas.
 
Estamos cercados por revistas e jornais reacionários e tendenciosos, de acordo com as linhas de pensamento dos proprietários, empresários e ao mesmo tempo políticos, que em fotos coloridas e matérias preparadas com capricho tentam fazer a nossa cabeça. Como dizem os cientistas políticos, o quarto poder da República é a imprensa.
 
Analisando o que está ocorrendo em diversos países, a transmissão televisiva apresentada por belas vozes contraltos femininas e timbres barítonos masculinos é de acreditar no que está sendo dito. Chamam os israelenses de coitadinhos, sendo atacados por terroristas com pedras, não mostrando o novo muro de Berlim que, vergonhosamente invade o território palestino. 
 
As matérias sobre o Chile mostram um país cheio de prosperidade, com o presidente Sebastian Piñera como suposto defensor de mineiros soterrados. Na realidade, são passeatas com milhões de jovens na defesa de ensino público e gratuito. É conveniente citar que o ensino no Chile é pago e os mineiros trabalham como verdadeiros escravos para as empresas mineradoras. Mas quem já ouviu falar do povo Mapuches, dono das terras do sul do Chile e da Argentina desde muito antes da invasão dos espanhóis, que foram atacados e expulsos de suas terras?
 
Quanto a Síria, a confusão toma conta dos noticiários, mostrando imagens de destruição das Forças Armadas de Bachar al-Assad destruindo grupos armados de jovens rebeldes, com os EUA a procura de armas químicas inexistentes, idêntico ao ocorrido no Iraque. Para confundir ainda mais a opinião pública, os EUA e a Al Qaeda estão lutando juntos contra o Governo Sírio, com o conflito se arrastando até hoje.
 
O mais novo conflito mostrado com ênfase pela emissora de televisão é o do Egito, com a Praça Tahrir ocupada pela multidão em um dia e os tanques varrendo as pessoas no outro. Os EUA treinaram o comandante das forças armadas do Egito em seus quarteis, Abdul Fatah Khalil Al Sisi em território americano, para numa emergência como essa defender seus interesses, derrubando um governo legítimo da Irmandade Muçulmana, tendo como líder Mohammed Mursi, do braço político da organização islâmica, Partido da Liberdade e da Justiça, que se mostrava a favor dos Palestinos e do livre trânsito na Faixa de Gaza.  
 
Portanto, quando sentarmos no sofá da nossa casa ou clicarmos o mouse, devemos ter muito cuidado o que nos é repassado do outro lado da telinha. Sejamos multiplicadores das ideias coerentes e independentes e não das postadas por meios de comunicação de empresários, vinculados a partidos políticos de direita e reacionários. Devemos sim, apoiar as manifestações de rua no Brasil e no mundo, utilizando inteligentemente a internet  como principal meio de comunicação, com total liberdade de expressão.