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26/02/2014
Servidores Públicos Federais tem atividades nos estados de 10 a 14 de março e preparam manifestação em Brasília

Os Servidores Públicos Federais se preparam para os próximos passos da Campanha Salarial 2014. Na semana de 10 a 14 de março haverá atividades diversas nos estados. O principal objetivo é a retomada, ou criação para onde não houver, dos Fóruns Estaduais de Entidades dos SPF. Esses fóruns devem dar impulso pelo país, com iniciativas a partir das bases das categorias.

 

As atividades estaduais também servirão para preparar o Dia Nacional de Lutas em 19 de março com uma grande manifestação nacional, em Brasília. A orientação do Fórum Nacional é que as entidades organizem caravanas dos estados para que seja realizada uma grande marcha pelas ruas da capital federal. Neste mesmo dia, será realizado um Ato Público Nacional com a presença de todas as entidades e ações específicas das diversas categorias em Brasília.

 

A orientação também se estende para a realização de atividade unitária em todos os estados.

 

Já no dia 20 de março haverá uma reunião ampliada ou plenária nacional do Fórum das Entidades para discutir os próximos passos da Campanha Salarial.

 

Será elaborada ainda uma carta-aberta à população com intuito de dialogar sobre a falta de políticas sociais do governo para com o serviço público. Dessa maneira, pretende-se estreitar as demandas dos servidores públicos com as necessidades mais sentidas do povo trabalhador.

 

As ações autoritárias do governo serão denunciadas durante a campanha. Entre elas, a imposição de lei e decretos que levam o país a um regime de exceção, criminalizando os movimentos sociais e impondo medidas de punição absurdas aos lutadores. O governo faz isso para manter a estabilidade no país, em nome dos interesses da FIFA, durante o período em que se realizará a Copa do Mundo. Precisamos denunciar.

 

Outra iniciativa importante encaminhada pelas entidades deve ser a elaboração de amplo material de divulgação das tarefas para o próximo período e a preparação da mobilização em torno da deflagração da greve do funcionalismo federal. Todos os meios de divulgação devem ser utilizados, desde panfletos, jornais, redes sociais, e até mesmo, onde for possível financeiramente, comprar espaços em outdoor.

 

Vamos lá, fortalecer a campanha nos locais de trabalho, nos estados e nacionalmente.

 

Em entrevista ao site da Sedusm, o membro da Secretaria Executiva Nacional da CSP-Conlutas, Paulo Barela, fala sobre os rumos da Campanha Salarial e aponta que é possível, com a mobilização e unidade dos servidores, arrancar do governo as reivindicações dos servidores.

 

Confira:

 

CSP-Conlutas aposta na força conjunta dos servidores

 

Para o servidor público federal e membro da CSP-Conlutas, Paulo Barela, é possível pressionar o governo Dilma (Rousseff) e obter não apenas melhorias econômicas, mas especialmente avanços em relação a determinadas carreiras, como a dos professores federais, que foram bastante prejudicados na greve de 2012, a partir de uma reestruturação promovida pelo governo com apoio de uma entidade submetida aos interesses oficialistas, que é o caso do Proifes. A análise foi feita por Barela durante o primeiro dia do 33º Congresso do ANDES-SN (segunda, dia 10), que vai até sábado, 15, em São Luís (MA), do qual participou representando a central sindical.

 

Em entrevista à assessoria de imprensa da Sedufsm, Paulo Barela destacou que é importante a atuação conjunta do funcionalismo federal, respeitando as especificidades de cada segmento. Ele enfatiza que o movimento grevista de 2012 foi um dos maiores da história recente do país e que, apesar de não terem ocorridos grandes ganhos econômicos, os ganhos políticos foram obtidos. “Basta lembrar que quando iniciou a greve, a presidente Dilma falou que o nosso reajuste seria zero e ainda por cima nos chamou de ‘sangue azul’. Então, mesmo conquistas salariais pequenas, em meio a uma condição adversa, como o uso do aparato coercitivo do governo, devem ser destacadas”, argumentou o sindicalista.

 

Barela lembrou que a campanha salarial unificada dos servidores federais vem sendo construída desde o último bimestre do ano passado e, foi a partir dessa discussão, que se chegou à conclusão de que o mote desta campanha deveria ser “Saúde e educação padrão Fifa”. O representante da CSP-Conlutas faz questão de destacar que o “padrão Fifa” não tem a ver com práticas de corrupção, mas sim com a busca de investimentos elevados como os feitos nas obras relacionadas à Copa do Mundo.

 

Pontos gerais

 

Dentre as bandeiras de luta do funcionalismo público federal, Paulo Barela cita a busca de uma política salarial (que não foi implementada até hoje), com correção de perdas; defesa do serviço público e contra qualquer tipo de reforma que signifique retirada de direitos; mais verbas para a educação e a saúde; contra ações de governo que signifiquem privatização no setor púbico, como o Funpresp e a Ebserh.

 

Barela avalia como sendo importante a união das diversas categorias do funcionalismo para conseguir arrancar do governo os pontos da pauta unificada. Todavia, acredita que é preciso respeitar as especificidades de cada grupo. Ele cita o exemplo da Fasubra (servidores das universidades) que já tem data para início da greve – 17 de março- enquanto outras categorias, como a dos servidores da Justiça Federal, da Justiça do Trabalho, do Ministério Público da União, entre outras, que apontam para um movimento paredista somente no início de abril.

 

Pauta unificada

 

A pauta geral de reivindicações dos Servidores Públicos federais (SPFs) foi protocolada por meio de ofício no Ministério do Planejamento, Orçamento e Gestão (MPOG), no dia 23 de janeiro. O funcionalismo cobra a implementação de política salarial permanente, com a definição da data-base dos federais em 1º de maio, reposição inflacionária, valorização do salário-base, incorporação das gratificações, cumprimento por parte do governo dos acordos e protocolos de intenções firmados, contra qualquer reforma e projeto que retira direitos dos trabalhadores, como por exemplo a proposta que busca acabar com o direito de greve que impedimos sua votação em 2013, paridade entre ativos e aposentados, reajuste dos benefícios e antecipação para este ano da parcela de 2015 do acordo firmado em 2012 e mais a realidade de cada categoria.

Fonte: CSP-Conlutas