NOTÍCIAS
Na tarde desta sexta-feira (25/01) o país foi surpreendido pela grave notícia sobre o rompimento de barragem da Mina Feijão em Minas Gerais, na cidade de Brumadinho, que pertencente à mineradora Vale. Até agora são mais de 60 mortos e cerca de 290 pessoas desaparecidas. Mais uma vez, a ganância e a irresponsabilidade dos governos passaram por cima da vida de centenas de cidadãos. O dobro de mortos em Mariana. E esses tristes números tendem a aumentar!
Infelizmente, a tragédia se repete, assim como aconteceu em Mariana (MG) há três anos atrás. O que ocorreu em Brumadinho estava mais que anunciado. A imprensa publicou diversas matérias e artigos em 2018 denunciando o processo de ampliação da mineração na cidade mineira, apesar dos protestos dos moradores alertando para os perigos da autorização de novas barragens e sobre a total ausência de fiscalização. O Relatório de Segurança de Barragens (RSB), divulgado pela Agência Nacional de Águas (ANA) alertava no final de 2018 que “Barragens sem manutenção podem repetir tragédia de Mariana. Para mineradoras como a VALE, empresa privada, o mais importante é a ganância e o lucro, mesmo que isso custe centenas de vida de mães e país de família. Esse desastre ocorre em meio a discussões que envolvem o atual presidente que defende a flexibilização das leis de fiscalização ambiental, se isso ocorrer, mais tragédias ambientais ocorrerão em nosso país.
O SINTSEF-RN se solidariza com as famílias e atingidos por esse desastre sem precedentes. Cobramos o máximo empenho das autoridades e a liberação dos recursos que forem necessários para ajudar a todos/as afetados por esse terrível desastre. Também nos colocamos à disposição das entidades representativas dos trabalhadores (as) e dos diversos movimentos sociais para, juntos, darmos uma resposta, do conjunto do movimento, para este grave problema causado pela empresa. Afinal, já é o segundo ligado a Vale/Samarco e o 7º rompimento de barragens em MG.
Por isso fazemos um chamado a todo o povo mineiro e brasileiro, principalmente aos movimentos sindicais, sociais e estudantis, a construir uma forte luta contra esta forma de exploração capitalista destas mineradoras, que extraem as nossas riquezas, nos deixando os desastres ambientais, as mortes e a pobreza nas regiões.