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No Dia Nacional do Aposentado, celebrado no último dia 24, o presidente Michel Temer teve a cara de pau de divulgar um vídeo nas redes sociais pedindo o apoio dos aposentados para a Reforma da Previdência. Novamente, repetiu as mentiras que tem dito para tentar enganar a população sobre essa reforma nefasta que, na verdade, significa o fim do direito à aposentadoria no país.
Ao contrário do que diz Temer, a reforma ataca a todos os trabalhadores, inclusive os idosos mais pobres. Essa semana foi divulgado na imprensa que o governo planeja elevar a idade mínima para idosos pobres receberem o BPC (Benefício de Prestação Continuada).
A informação foi dada, segundo o jornal Folha de S.Paulo, pelo Ministério do Desenvolvimento Social, responsável pela política. De acordo com o secretário-executivo da pasta e ministro em exercício, Alberto Beltrame,a ideia é aumentar para 68 anos a idade mínima do BPC, que hoje é 65 anos.
Diferente de uma aposentadoria, o BPC é assistencial e não exige contribuição anterior ao INSS. O benefício, no valor de um salário mínimo (R$ 954), é pago a idosos e pessoas com deficiência de baixa renda. Para receber, é necessário que a renda familiar por pessoa seja inferior, hoje, a R$ 238,50.
Na última versão da reforma, divulgada no ano passado, o governo havia recuado em mexer no benefício, mas voltou atrás novamente e agora fala em aumentar a idade para ter acesso ao BPC, que hoje atende cerca de 4,5 milhões de pessoas, entre idosos e pessoas com deficiência. Um absurdo.
Temer ainda não tem os 308 votos necessários para aprovar a reforma, mas está fazendo de tudo à custa dos cofres públicos, com distribuição de cargos e verbas, para comprar os votos no Congresso. A campanha de mentiras do governo também segue a todo vapor, tendo inclusive gravado entrevistas nos programas do SBT, de Silvio Santos e Ratinho, que deverão ir ao ar nos próximos dias. Tudo para continuar tentando enganar o povo.
Desde o início deste ano, a CSP-Conlutas retomou a campanha contra a reforma e faz um chamado às demais centrais sindicais para organizar urgentemente um calendário de mobilizações, rumo a Greve Geral, para enterrar de vez essa reforma.
Com informações da CSP-CONLUTAS