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01/06/2017
Apesar das ameaças e violência da CUT, Oposição da Apeoesp se fortalece

 

No último dia 25 de maio ocorreram as eleições para renovação da diretoria e do conselho de representantes da Apeoesp (Sindicato dos Professores do Ensino Oficial do Estado de São Paulo).

 

Três chapas concorrem à eleição da entidade: a chapa 1 (Unidade da Categoria) tem à frente a atual presidenta da Apeoesp, Maria Izabel Azevedo Noronha, a Bebel, em composição que une a CUT e a CTB. A Chapa 2 (Educadores em Luta) encabeçada por Antonio Carlos Silva (PCO) e a 3 (Oposição Unificada), por Moacyr Américo da Silva, atual secretário de Política Sindical do sindicato (com representação da CSP-Conlutas, Intersindical e diversos grupos independentes).

 

 

Essa eleição foi marcada pela postura antissindical de integrantes da Chapa 1, atual diretoria, que agiu de forma truculenta impedindo a lisura do pleito. Em Guarulhos, por exemplo, seis urnas foram roubadas. Desde o ocorrido, houve a prisão de dois dirigentes locais do PT de Guarulhos. Com a ação criminosa há estimativas de que ao menos 300 votos deixaram de ser coletados, em uma região que a Chapa 3 ( de oposição) teve quase 90% dos votos válidos.

 

“A depredação e as agressões promovidas hoje pela Chapa 1 são inaceitáveis”, repudiou o integrante da Chapa 3, em Guarulhos, Eliana Nunes. Pessoas estranhas à categoria, ligadas a outros sindicatos da CUT e, também, a parlamentares, além de quebrarem parte da estrutura física da subsede, ameaçaram e agrediram verbalmente funcionárias, dirigentes e militantes de base. “Em um verdadeiro exemplo de banditismo, os mesmos que logo pela manhã quebravam a subsede vestidos de Chapa 1, agora percorrem de moto as escolas, se identificando como professores, intimidando mesários e roubando urnas”, destacou Eliana.

 

Outro direito que também foi cerceado da Chapa de Oposição foi o impedimento de fiscais nos carros que conduziam as urnas controladas pela Chapa 1, entre outras atrocidades.

 

Mesmo assim, a Oposição manteve maioria em todas as subsedes que dirigia e ainda ampliou em seis subsedes e possibilitou a ampliação de chapas regionais.

 

Para João Zafalão, membro da Chapa 3 e da Oposição Alternativa, essa eleição mostrou que cada vez mais os professores mostram vontade de mudança, e se não fosse a atitude antidemocrática no pleito, talvez fosse possível vencer. “A Oposição Unificada cresceu em número de subsedes e esse é o maior saldo dessa eleição. A Oposição Unificada na luta é ainda mais forte. Vamos empenhar todo nosso esforço para construir a greve geral no final de junho e colocar para Fora Temer e derrotar as reformas previdenciária e trabalhista”, salientou.

 

As Chapas com mais de 10% compõem a direção estadual do sindicato.  A Chapa 1 terá 71 vagas (sendo 21 na executiva) e a chapa 3 terá 49 vagas (sendo 14 na executiva). A Chapa 2 do PCO, foi apelidada de Chapa Terceirizada, pois esteve o tempo todo a serviço da burocracia a chapa 1.

 

Confira a apuração completa:

 

Chapa 1

Capital: 3009

Grande São Paulo: 3713

Interior: 23684

Total: 30406

 

Chapa 2

Capital: 848

Grande São Paulo: 1017

Interior: 3212

Total: 5077

 

Chapa: 3

Capital: 5236

Grande São Paulo: 6463

Interior 9873

Total: 21572


Com informações de João Zafalão, membro da Chapa 3 e da Oposição Alternativa


Reprodução: CSP - CONLUTAS