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No dia 3 de abril os povos indígenas do Rio Grande do Norte ocuparam a sede da Funai (Fundação Nacional do Índio) em Natal, numa atitude de resistência à ameaça de fechamento da CTL (Coordenação Técnica Local).
Na quarta, dia 5, lideranças indígenas se reuniram com o procurador Victor Mariz, do Ministério Público Federal, e Felipo Amorim, da Advocacia Geral da União, para denunciar o desmonte da Funai.
Em questão o Decreto 9.010, de 23 de março de 2017, assinado pelo ministro da justiça, o ruralista Osmar Serraglio, que extingue 347 cargos da Funai e 50 CTLs em todo o Brasil, entre elas as coordenações do Rio Grande do Norte e Piauí.
Em resistência aos ataques do governo, as aldeias Sagi-Trabanda (Baía Formosa), Catu (Canguaretama/Goianinha), Tapará (Macaíba/São Gonçalo do Amarante), Mendonças do Amarelão, Serrote de São Bento e Assentamento Santa Terezinha (João Câmara), Caboclos do Assú e Apodi, pertencentes às etnias Potiguara, Tapuias Paiacús, foram à luta para barrar a política anti-indígena de Michel Temer.
Para reforçar a luta contra o Decreto 9.010, os indígenas realizaram um ato público na manhã desta quinta-feira (06/04). Durante os protestos o acesso ao aeroporto de São Gonçalo foi fechado pelo movimento.
Enquanto enfrentava bombas de gás e tiros de borracha da Polícia Militar, que reprimiu duramente o movimento, as lideranças indígenas receberam comunicado do presidente da Funai, Antônio Costa, que em virtude da supressão da Coordenação Técnica Local, assume o compromisso de recompor a CTL por meio de Portaria com publicação em Boletim Interno da Funai.
Uma grande vitória dos povos indígenas que há mais de quinhentos anos resistem à exploração dos colonizadores e dos governos. A luta pela regularização de terras e demais direitos dos povos originários continua ainda mais fortalecida.
Fonte: http://foque.com.br/?p=36560 Coletivo foque