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26/08/2015
GREVE: Servidores debatem a dívida pública brasileira

Na manhã de hoje aconteceu um debate, promovido pelo SINTSEF/RN e grevistas, sobre os males causados pela galopante dívida pública brasileira. A atividade aconteceu na sede do INCRA/RN, um dos órgãos que já deflagraram greve entre os servidores do executivo federal no RN.

Hoje mais de 40% do que é produzido no país é revertido para pagamento dos juros da dívida. A maior parte dessa dívida está sob controle de grandes grupos financeiros nacionais e estrangeiros, que lucram coma compra de títulos da dívida pública.

Em 2014, o governo federal gastou R$ 978 bilhões com juros e amortizações da dívida pública, o que representou 45,11% de todo o orçamento efetivamente executado no ano. Essa quantia corresponde a 12 vezes o que foi destinado à educação, 11 vezes aos gastos com saúde, ou mais que o dobro dos gastos com a Previdência Social.

Esse pagamento faz com que se amplie a precarização dos serviços públicos e também precariza as relações de trabalho para os servidores públicos, que tem suas reivindicações trabalhistas negadas pro governo, que tem como prioridade o pagamento da dívida pra banqueiro.

 “Debater a dívida pública é mostrar onde está o  grande  empecilho para o desenvolvimento dos aspectos sociais de saúde, de educação, de meio ambiente, áreas que o Brasil não avança mesmo sendo  a sétima economia do mundo.”, afirmou Claudine Nóbrega, servidora em greve do INCRA/RN.

Durante a atividade foi exibido vídeo aula produzida pela Associação AUDITORIA CIDADÃ DA DÍVIDA, onde a especialista Maria Lúcia Fattorelli  explica o absurdo cálculo da dívida pública e como países como o Equador enfrentaram esse problema, ao fazer auditoria pública de sua dívida, e suspendendo pagamentos ilegais.

Segundo Fattorelli, após auditoria no país sul-americano ficou comprovada irregularidades na cobrança de quase 70% da dívida equatoriana. Ao suspender o pagamento de juros da dívida para banqueiros, o governo daquele país conseguiu otimizar o uso dos recursos públicos em áreas prioritárias como saúde e educação.