NOTÍCIAS


10/06/2015
No 2º Congresso da CSP-Conlutas, trabalhador@s decidem intensificar mobilizações contra o governo rumo à greve geral

As mobilizações contra o governo federal devem esquentar daqui pra frente: ao final do 2º Congresso Nacional da CSP-Conlutas, neste domingo (7), 373 entidades sindicais e movimentos populares e estudantis aprovaram resoluções voltadas ao fortalecimento das lutas contra a retirada de direitos e o ajuste fiscal.  

Entre as resoluções aprovadas, está a construção de uma greve geral contra o governo Dilma e em defesa do emprego e direitos. Não escaparão das mobilizações o Congresso Nacional e governos estaduais que têm promovido ataques aos trabalhadores, como o PSDB de Beto Richa (PR) e Geraldo Alckmin (SP).  

Plenária final do 2º Congresso da CSP-Conlutas. Foto: CSP-Conlutas

“A luta da classe trabalhadora contra o ajuste fiscal é uma luta que enfrentará o governo do PT e a oposição de direita, bem como o PMDB de Eduardo Cunha e Renan Calheiros, governadores e prefeitos”, diz um trecho do Manifesto aprovado pelo Congresso da CSP-Conlutas.   Para isso, será feito um chamado a todas as centrais sindicais, inclusive as que apoiam o governo, como a CUT.  

Em uma das considerações acerca do governo Dilma, destaca-se: “Também alertamos e chamamos (as demais centrais sindicais) a que rompam com o apoio ao governo e à oposição de direita, porque esta é a única maneira de lutar de forma coerente e defender até o final os direitos e interesses dos trabalhadores”.  

Veja também: 2º Congresso da CSP-Conlutas aprova manifesto para construção da Greve Geral no país    As resoluções foram aprovadas num clima de reconhecimento da necessidade de unificação das lutas de todas as centrais, apesar das divergências políticas. A CSP-Conlutas é hoje a principal central sindical de oposição ao governo Dilma, contrapondo-se à política de parceria adotada pela CUT e Força Sindical.  

Neste 2º Congresso, foi registrado um aumento de 30% das entidades em relação ao congresso anterior, ocorrido em 2012, com representações de 24 estados mais Distrito Federal e 2.639 participantes. Na prática, isto significa que o governo Dilma e governos estaduais sofrerão bastante resistência por parte da classe trabalhadora.  

No Congresso, houve participação de trabalhadores das categorias mais mobilizadas do país, incluindo professores estaduais e profissionais da educação que estão em greve (Paraná, São Paulo e Pará), petroleiros do Rio de Janeiro e Litoral Paulista, metalúrgicos de São José dos Campos, Minas Gerais e Rio Grande do Sul, servidores públicos das três esferas, trabalhadores do campo (inclusive de Xapuri), garis do Rio de Janeiro, metroviários de São Paulo e Porto Alegre e construção civil de Belém e Fortaleza.

Fonte: CSP-Conlutas