Na manhã desta quinta-feira, 26 de março, estiveram reunidos em assembleia na sede do DNOCS Natal membros da diretoria colegiada do SINTSEF/RN junto aos servidor@s do órgão para discutir conjuntura política, campanha salarial e eleição de representantes por local de trabalho. No debate, foi esclarecida a posição do sindicato a respeito da crise política que vivenciamos atualmente no país, a necessidade de engajamento de todos @s servidor@s na campanha salarial e a importância de preservação do DNOCS enquanto instituição devido sua tradição, história e o papel que desempenha no combate à seca e nas obras de abastecimento hídrico.

Deixamos claro nosso posicionamento, principalmente a respeito das últimas manifestações de rua ocorridas neste mês em várias cidades brasileiras, tanto no dia 13 de março como no dia 15. Enquanto sindicato, defendemos o livre direito à manifestação, mas pautamos nossos princípios e lutas em defesa da democracia e dos direitos da classe trabalhadora e não na defesa de governantes ou de ditaduras. Portanto, não fomos às ruas nem fizemos convocações para um ato organizado por entidades de defesa do governo, tampouco concordamos de maneira alguma com quem foi para a rua dia 15 de março pedir intervenção militar como alternativa à corrupção.

Continuaremos seguindo nas mobilizações e acompanhando com cautela o cenário político nacional e internacional. Assim como tod@s @s brasileir@s, desejamos o fim da corrupção e melhorias das condições de vida da população, mas acreditamos que a solução para tal deve se dar pelas vias democráticas e com participação popular. Não aceitamos a retomada de um regime que matou e torturou, perseguiu entidades, jornalistas e pessoas nem apenas concordar com tudo que o governo está fazendo.

Quanto a Campanha Salarial deste ano, foi debatido o contexto e encaminhamentos tirados através da organização das entidades de defesa d@s Servidor@s Públic@s Federais e sua agenda intensa de atividades que vem acontecendo desde janeiro deste ano. Colocamos os pontos definidos na Reunião Ampliada em Brasília e também o andamento das lutas já tendo como base o resumo da última reunião acontecida dia de 20 de março com as entidades e o ministro do planejamento Nelson Barbosa. O MPOG já descartou de imediato o reajuste de 27,3% para 2016 e colocou como alternativa os planos plurianuais, como já era esperado.

No encontro já ficou definido um calendário de reuniões e ações para a negociação. Teremos uma Jornada de Lutas em Brasília entre os dias 7 e 9 de abril e um período para as conversas com governo até o mês de julho, data esta que as entidades e sindicatos querem adiantar ao menos para junho, a fim de poder apresentar uma contraproposta em tempo hábil antes que o orçamento de 2016 seja votado, e, se for o caso, já é considerada a possibilidade de uma greve geral no serviço público este ano.

O ponto final da pauta foi a eleição dos representantes por local de trabalho, que desempenham o papel de elo entre o órgão e o sindicato, os quais serão os portavozes d@s filiad@s para comunicar ou convocar a entidade diante de qualquer problema e também informar sobre o andamento das nossas ações. Foram eleitos em assembleia Maria Efigênia de Souza e o vice José Guerra de Ribamar.