Cerca de 22 filiados do Sintsef/RN participaram como ouvintes do XI Congresso da Condsef

O XI Congresso da CONDSEF ocorreu em Beberibe/CE, cidade litorânea, em um belíssimo hotel à beira mar. O SINTSEF/RN participou com 22 ouvintes, sem direito a voto nem a voz. E mais, para participar do dia a dia do Congresso o sindicato teria que desembolsar um valor exorbitante por delegad@/dia. Assim, a hospedagem se deu em uma pousada bem modesta, vizinho ao local do evento, enquanto os congressistas estavam em um hotel “padrão FIFA”, pois está entre os selecionados para a Copa do Mundo 2014.

Mas, não se perdeu a oportunidade de estudar as teses, pois tivemos acesso a uma pequena quantidade de cadernos de teses e realizamos discussões muito promissoras, pois o ambiente transformou-se em um pequeno congresso paralelo, onde foi possível dissecar detalhadamente o temário do Congresso da CONDSEF.

O Congresso tinha a seguinte composição: ARTICULAÇÃO SINDICAL, ligada a JOSÉ DIRCEU e LULA; ARTICULAÇÃO DE ESQUERDA, ligada a VALTER POMAR, O TRABALHO, ligada a MARCUS SOKOL, INDEPENDENTES, ligada a Arlindo Chinaglia, todas estas são correntes que atuam no PT.

Do outro lado, tinha a presença do PCdoB, maioria do Rio de Janeiro, que também é base de sustentação do governo. Tínhamos também, a turma de Goiás da Unidade socialista. A CSP-CONLUTAS, com parte da delegação de São Paulo, pois a outra metade era dos INDEPENDENTES e a delegação do SINTSEP/PA, que são ligados a INTERSINDICAL.

O que estava em jogo nesse congresso? Quem iria dirigir a CONDSEF pelos próximos três anos e as articulações eram feitas em torno disso. A briga maior se deu entre os Independentes, mais precisamente se o secretário geral seria Sérgio Ronaldo ou Josemilton, que é pré candidato a deputado federal pelo PT em 2014, no Rio de Janeiro/RJ.

Na nossa avaliação, o congresso não trouxe nenhum avanço para as nossas lutas, por que? Não se discutiu a fundo os nossos direitos, como o plano de cargos e carreira, antecipação do acordo firmado com o governo, não se desfiliou da CUT pelega, não definiu o caráter de oposição ao governo e não convenceu quanto a realização da greve geral para esse ano. E mais, um congresso marcado pela hegemonia dos governistas, como mostramos acima. Para romper com essa situação estamos propondo:

Nossa Campanha Salarial – Antecipação Já

Em 2012 os servidores conquistaram um reajuste de 15,8%. Parcelado em três anos, esse aumento significa um aumento de um pouquinho mais de 5% ao ano (2013, 2014, 2015), somente sobre a gratificação produtivista. Não há aumento sobre o vencimento básico. Mesmo assim foi uma vitória daqueles que ousaram lutar. Tanto pelos resultados (já que desde o início da campanha de 2012 o governo veio com a mesma velha estória de que não havia margem para aumento), quanto pelo método: uma poderosa greve. 

No entanto, a conquista de 2012 já foi corroída pela inflação de 5,9% (segundo cálculo do próprio governo), o que nos impõem a tarefa de lutar pela reposição imediata da inflação. Se há dinheiro para banqueiro, tem que haver dinheiro para a reposição.

O SINTSEF/RN entende que a CONDSEF não pode esperar 2015 para ver os 5% restante, devemos lutar para que essa parcela seja antecipada. E nada melhor do que engrossar as mobilizações pela greve geral dos servidores públicos federais para pressionar o governo a atender nossa justa reivindicação. Se em 2012 conseguimos, em 2014 conseguiremos novamente. Todos à greve geral!

Autor: Valério Fonseca, assessor político do Sintsef/RN