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Entidades reunidas no Fonasefe, fórum que representa o conjunto de servidores federais, deram início no último dia 17, a uma vigília permanente em frente ao Ministério da Economia. O objetivo é cobrar a abertura imediata de um processo de negociações e reivindicar uma revisão geral salarial de 19,99%, referente a perdas acumuladas em três anos de governo Bolsonaro. A vigília será mantida diariamente, das 10 às 16h, com a participação de servidores dos três poderes, até que o governo receba uma comissão de sindicalista para negociar a recomposição salarial.
Na última sexta-feira, 18, a Condsef/Fenadsef protocolou documento (confira aqui) junto ao Ministério da Economia informando decisão da categoria de dar início a uma greve por tempo indeterminado a partir do dia 23 de março. A falta de diálogo, falta de investimentos no setor público, o congelamento e arrocho salarial imposto por esse governo estão entre as causas que mobilizam os servidores federais.
Depois de mais de cinco anos com salários congelados, os servidores têm até o dia 4 de abril para conquistar a reposição inflacionária emergencial que traga alívio financeiro para a categoria. Com a escalada da inflação, hoje a dois dígitos, os salários acumulam defasagem de até 30%. E se não houver correção neste momento, ela só poderá ser feita em 2024, devido a legislação aprovada no ano passado que proíbe a reavaliação de salários em anos de transição de mandatos de governadores e presidentes.
“Por isso, temos que ficar atentos às datas, para não deixar essa oportunidade de garantir nossos direitos escorrer pelas mãos. Não podemos ficar parados! Temos que exercer pressão”, disse Sérgio Ronaldo da Silva, secretário-geral da Condsef/Fenadsef. “Convocamos as demais entidades para estarmos juntos, diariamente, fazendo pressão junto ao governo. Falta menos de 20 dias para que o governo tome uma definição. Iremos tentar conseguir uma reunião. Furar o bloqueio. Apenas a união e a força de todos os servidores brasileiros poderá fazer com que o governo Bolsonaro inicie um processo de negociação”, comentou o secretário-geral.