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21/06/2017
Relatório da reforma trabalhista é rejeitado em comissão do Senado

Relatório foi rejeitado pela Comissão de Assuntos Sociais (CAS) da Casa por 10 votos a 9
 

  Em uma derrota para o governo de Michel Temer, o relatório da reforma trabalhista foi rejeitado pela Comissão de Assuntos Sociais (CAS) do Senado Federal no início da tarde desta terça-feira 20.

  O relatório do senador Ricardo Ferraço (PSDB) recebeu 10 votos contrários e 9 a favor. O resultado é uma derrota para a base governista, que encampava a defesa da reforma trabalhista. Mesmo assim a proposta segue para a Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) da Casa. Um projeto só é arquivado e tem sua tramitação encerrada quando é rejeitado por duas comissões. A reforma já foi aprovada na Comissão de Assuntos Econômicos (CAE). Se aprovada na CAE vai a plenário. 

 

O PLC 38/2017, criticado por entidades ligadas aos trabalhadores, estabeleceria, entre outros, a possibilidade do "negociado sobre o legislado". Com isso, sindicados e empresas poderiam negociar diversos itens dos contratos de trabalho, sem possibilidade de contestação posterior na Justiça do Trabalho.

  O senador Lindbergh Farias (PT-RJ) alega que o atual governo, fragilizado, está apelando para o "Deus do mercado". Para ele, o que está por trás deste projeto é o viés econômico.

  "Nunca votei uma matéria tão contra o direito dos trabalhadores quanto estsa", disse. "O trabalhador sequer vai ter o salário mínimo garantido", completou.

   Já o senador Romero Jucá (PMDB-RO) criticou oposição. "Objetivo deles aqui não é aprovar a reforma, aumentar os empregos. É derrubar o governo", diz.

 

  Ele falou sobre o trâmite da matéria: "Amanhã estará na CCJ e semana que vem será votada e entregue ao presidente Eunício. Nós vamos seguir em frente com esta reforma", completou.

 

Foto: Lula Marques

Reprodução: Carta Capital