NOTÍCIAS


23/10/2013
Após maior privatização da história do país, greve de petroleiros entra no sexto dia
Um dia após a maior privatização da história do país, levada a cabo pelo governo Dilma com direito a balas de borracha, gás de pimenta e repressão do Exército e Força Nacional contra os movimentos sociais durante o Leilão de Libra, sacramentado no último dia 21 de outubro, os trabalhadores petroleiros continuam em greve por tempo indeterminado. Certamente, é a maior mobilização de uma das categorias mais estratégicas do país desde a greve histórica de 1995, com um tom claramente político ao se enfrentar diretamente com o plano econômico do governo: o desmonte do patrimônio nacional, com a privatização dos aeroportos, portos, ferrovias, rodovias e agora o petróleo, para garantir o superávit primário do país e o pagamento dos juros de uma dívida pública que nunca passou por auditoria e que consome metade do orçamento da União. Por isso, a luta da categoria segue sendo contra o Leilão de Libra, mas agora por sua revogação, e também pela derrubada do PL 4330 (que escancara a terceirização no país) e por uma campanha reivindicatória vitoriosa. Os trabalhadores exigem aumento de 16,53% no salário base; o fim da tabela congelada que prejudica aposentados e pensionistas; um novo PCAC; progressão do pagamento do anuênio; restabelecimento do convênio com o INSS; custeio de 100% da AMS e inclusão dos Pais, assim como uma única assistência médica para todo o Sistema. Além disso, a batalha da campanha reivindicatória também passa por uma rejeição contundente do Regramento da PLR, que joga nas costas da categoria mais uma meta perversa. Pela proposta da empresa, até mesmo em caso de vazamentos e erros gerenciais os trabalhadores serão considerados, na prática, cúmplices de erros alheios e com isso serão penalizados com valores de PLR cada vez mais rebaixados. Também devemos rejeitar as manobras da empresa, e das próprias direções traidoras, que continuam reproduzindo o discurso de “aumento real” na RMNR, uma remuneração variável que exclui os aposentados e não está incorporada ao salário base. Aumento pra valer é no salário base! As mudanças que rebaixam ainda mais os regimes de trabalho da companhia também devem ser rejeitadas, e devemos dizer um NÃO muito claro à qualquer tentativa de punição e perseguição aos ativistas da greve; isso inclui nenhum Interdito Proibitório e nem os descontos das paralisações que foram realizadas desde julho até hoje, com a deflagração da greve por tempo indeterminado em 17 de outubro. Saiba mais: http://cspconlutas.org.br/2013/10/apos-maior-privatizacao-da-historia-do-pais-greve-de-petroleiros-entra-no-sexto-dia/