Servidores durante ato realizado na Esplanada dos Ministérios (Foto: Fenasps)

Os Servidores Públicos Federais (SPF´s) realizam uma grande data de luta nesta quarta-feira (7) em Brasília. O dia começou cedo, quando a cidade ainda acordava. Às cinco horas um bloqueio na sede do Ministério do Planejamento, Orçamento e Gestão (MPOG) impediu que funcionários daquele órgão entrassem para trabalhar, inclusive o secretário de Relações de Trabalho no Serviço Público, Sérgio Mendonça.

 

A força da mobilização obrigou a que o governo convocasse uma reunião com as categorias em greve, Fasubra e Sinasefe, ainda na parte da manhã. Mendonça recebeu de uma comissão de representantes dessas categorias a pauta de reivindicações.  O secretário disse que até aquele momento, não havia por parte do governo nenhuma nova proposta ou nenhuma mudança em relação à posição quanto às reivindicações da pauta. No entanto, assumiu o compromisso de consultar as instâncias superiores para discutir a abertura de negociações e, num prazo de até 15 dias, ou seja, até 22 de maio, apresentar uma resposta à categoria.

 

Conforme avançou a manhã, as caravanas chegavam de outros estados e fortaleciam o bloqueio ao Ministério, onde também foi realizado o ato político com a presença de entidades vindas de todas as partes do país. A atividade chegou a reunir aproximadamente 5 mil trabalhadores.

 

Segundo o membro da Secretaria Executiva Nacional da CSP-Conlutas, Paulo Barela, hoje foi um dia vitorioso da Campanha Salarial dos Servidores. “A força da mobilização obrigou o governo a chamar a negociação com as categorias em greve, pois percebeu que os servidores que vieram de todos os cantos do país para Brasília estão com disposição de luta, isso fortalece a nossa campanha e impulsiona as mobilizações nas diversas categorias”, frisou o dirigente.

 

Na parte da tarde uma plenária do Fórum Nacional dos SPF´s  debate os próximos passos da Campanha Salarial unificada da categoria.

 

Veja a pauta de revindicações dos servidores federais: uma política salarial permanente; paridade entre ativos, aposentados e pensionistas; definição de data-base (1º de maio); regulamentação da negociação coletiva; diretrizes de plano de carreira; retirada de projetos no Congresso Nacional que prejudicam os trabalhadores públicos; cumprimento por parte do governo de acordos e protocolos de intenções firmados em processos de negociação, bem como a antecipação da parcela de reajuste prevista para janeiro de 2015 e o reajuste em benefícios. Além dessas reivindicações, os servidores públicos seguem lutando pela revogação da lei que criou a Previdência Complementar do Servidor Público Federal (Funpresp) e em defesa da Previdência Pública para todos.

 

Fonte: CSP Conlutas